Os produtores goianos preveem uma significativa quebra na produção de soja da safra 2023/24 por questões climáticas. Presidente do Conselho de Administração da Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano (Comigo), Antônio Chavaglia, disse que grande parte das lavouras não se desenvolve em boas condições.

Goiás sofreu com as altas temperaturas e a falta de chuva que atingiu o Centro-Oeste. E a expectativa de quebra de safra 203/24 de soja já se reflete nos números. De outubro para dezembro, a previsão de colheita da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para o Estado caiu de 17,5 milhões para 17 milhões de toneladas, 3,9% a menos que no ciclo passado.

“Estamos preocupados com a qualidade da soja. Vai ter soja que não serve para exportação. É um ano sem previsão do que vai acontecer”, frisou o presidente da Comigo ao Globo Rural. O governo de Goiás solicitou ao Ministério da Agricultura a extensão do calendário de semeadura pelo menos até 12 de janeiro. Teve o pedido atendido.

O mesmo pedido foi feito por Mato Grosso, que também sofreu com o tempo mais quente e seco e poderá semear a soja até 13 de janeiro. Levantamento da Aprosoja do Estado estima uma quebra de pelo menos 20% da produção, que pode ficar em 36,15 milhões de toneladas. A colheita chegou a 0,99% da área até o dia 22, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).