A substituição de um óleo derivado do petróleo por uma matéria-prima renovável e não poluente é o grande trunfo do Projeto Fornalha, da Codemin, operação da Anglo American que produz níquel na cidade de Niquelândia (GO). Já está em operação a nova fornalha para geração de gás quente no forno de secagem do minério. Como combustível para aquecimento, ela permite utilizar cavaco de eucalipto no lugar do óleo.

A nova fornalha, que tem cerca de 3 metros de largura, 6 metros de comprimento e 4 metros de altura, possui capacidade de geração de 4,5 gigacalorias por hora (Gcal/hora), provenientes da queima do cavaco de eucalipto, um combustível renovável. “Levamos cerca de 18 meses para implantar a nova fornalha, com um investimento de R$ 9 milhões”, recorda José Antônio Rodrigues Júnior, gerente de Processos.

Para aquecer o secador de minério, são utilizadas 750 toneladas de cavacos de madeira por mês. O novo combustível vem das florestas de eucalipto mantidas pela empresa também em Niquelândia, em um processo constantemente renovável. A queima do eucalipto no lugar do óleo mineral reduz significativamente a emissão de gás carbônico e seu impacto na atmosfera.

A ideia surgiu no setor de Processos da Codemin, que levantou a possibilidade de se utilizar o cavaco de eucalipto – já usado como agente redutor de minério – para geração de gás quente no forno secador de minério, substituindo o óleo 1A, um combustível viscoso proveniente da destilação das frações do petróleo.

Os cálculos de viabilidade técnica e econômica foram realizados e, em seguida, aprovados pela empresa.  “A partir daí, a equipe de engenharia entrou em ação, detalhando todo o projeto, fazendo as aquisições necessárias, montagem e início do novo sistema ”, explica Marcelo Ito, coordenador de Projetos.

A nova fornalha é uma caixa refratária com uma grelha inferior, onde há a queima do cavaco e a geração de gases quentes. Esses gases são insuflados no forno secador de minério. Entre as principais peças que compõem a fornalha e seus acessórios estão ventiladores, dutos de ar e de gases e uma câmara de equalização dos gases, que tem a função de garantir a temperatura desejada. “Com exceção do próprio forno secador, todo o restante do sistema de geração de calor é novo, desenvolvido para essa finalidade”, comenta Marcelo Ito.

O novo sistema representa, ainda, uma considerável redução de custo para a companhia. Segundo José Antônio Rodrigues, a economia gerada pelo uso do cavaco de eucalipto no lugar do óleo 1A é da ordem de R$ 3 milhões por ano.

 

Redução na emissão de gases do efeito estufa

A eficiência operacional, aliada ao desenvolvimento sustentável e ao respeito ao meio ambiente, é um dos pilares da operação níquel da Anglo American. O Projeto Fornalha tem como objetivo a redução do consumo de combustíveis fósseis e, consequentemente, a emissão de gases do efeito estufa e de poluentes.

A Anglo American recebeu o Selo Ouro do Programa Brasileiro GHG Protocol, pela total transparência dos programas de controle de emissão e gases do efeito estufa. Tanto na operação do Minas-Rio, que produz minério de ferro, quanto nas operações para produção de níquel, em Niquelândia, houve redução na emissão de gases do efeito estufa.

 

 

Sobre a Anglo American 

O Grupo Anglo American está presente no Brasil com a produção de níquel e minério de ferro, negócios que foram integrados em uma estrutura única em 2017. Com as operações de Barro Alto e Codemin, localizadas nas cidades de Barro Alto e Niquelândia (GO), produzimos ferroníquel. Por meio de um sistema integrado de logística, no Minas-Rio, produzimos minério de ferro a partir da mina e da usina localizadas em Alvorada de Minas e Conceição do Mato Dentro (MG). O minério é transportado por mineroduto até o terminal de minério de ferro do Porto de Açu, em São João da Barra (RJ), empreendimento que tem 50% de participação da Anglo American. Atualmente, o Minas-Rio está em processo de licenciamento ambiental da Etapa 3, que permitirá à empresa alcançar a produção de 26,5 milhões de toneladas por ano.

 

A companhia conta com 3,3 mil empregados próprios no Brasil e outros 4 mil terceirizados. Juntos, eles formam uma força de trabalho que utiliza tecnologia de ponta para encontrar novos recursos, planejar e operar as minas. Esses profissionais também mineram, processam, transportam e comercializam os produtos para nossos clientes ao redor do mundo.

 

A Anglo American é uma mineradora global diversificada. Nosso portfólio tem alta competitividade e os recursos em desenvolvimento fornecem as matérias-primas para atender às crescentes demandas voltadas para o consumidor das economias desenvolvidas e em fase de desenvolvimento

 

Como uma mineradora responsável, que tem em seu portfólio - diamantes (De Beers), cobre, platina e outros metais preciosos, além de, minério de ferro, carvão e níquel, somos guardiães de recursos naturais valiosos. Trabalhamos em conjunto com nossos parceiros e públicos de relacionamento para trazer valor de longo prazo para acionistas e também para os países onde operamos, gerando valor sustentável e fazendo a diferença real.