O papa Francisco morreu, aos 88 anos, na madrugada desta segunda-feira (21/4), em sua residência oficial, na Casa Santa Marta, no Vaticano, em Roma. A informação foi anunciada pelo cardeal Kevin Farrell.
O pontífice ficou internado por cerca de 40 dias após ser diagnosticado com pneumonia dupla. Nesse sábado (19/4), ele apareceu em público, na basílica de São Pedro, no Vaticano. No Domingo de Páscoa (20/4), fez aparição pública na Praça de São Pedro para abençoar os fiéis.
Filho de Mário Bergoglio e Regina Maria Sivori, imigrantes italianos, Francisco se formou em química, mas decidiu se dedicar à vida sacerdotal aos 20 anos, em 1958, quando se tornou padre.
Francisco ingressou no seminário de Villa Devoto e, em 1958, deu início ao noviciado na Companhia de Jesus. Ele foi ordenado sacerdote em 1969, tornando-se bispo auxiliar de Buenos Aires em 1992 e, em 1998, nomeado arcebispo. Já em 2001 foi colocado no posto de cardeal pelo papa João Paulo II.
Apesar da dedicação à vida sacerdotal, Francisco também se debruçou na vida acadêmica, sendo reitor da Faculdade de São Miguel, além de ter doutorado em teologia pela Universidade de Freiburg, na Alemanha.
Estado de saúde
Quando jovem, Francisco teve parte de um dos pulmões removida. Em 2023, o pontífice precisou ficar hospitalizado por três dias para o tratamento de uma bronquite grave que teve e se recuperou depois do uso intenso de antibióticos. Com isso, desde muito tempo Francisco lida com sérios problemas de saúde, incluindo crises prolongadas de bronquite durante o inverno.
O pontífice também sofria com dores no joelho, o que dificultava a locomoção do religioso, e, por isso, fazia o uso de cadeiras de rodas. Em fevereiro de 2025, Francisco precisou ser internado em decorrência de um novo quadro de bronquite e teve de se ausentar dos eventos papais, até que não resistiu às complicações de saúde.