Ministério da Saúde incorporou ao Sistema Único de Saúde (SUS) dois medicamentos para tratamento da anemia: a ferripolimaltose e a carboximaltose férrica. A previsão é que os remédios já estejam disponíveis no sistema público de saúde em até 180 dias.

A ferripolimaltose é indicada para o tratamento da anemia por deficiência de ferro e intolerância ao sulfato ferroso, enquanto a carboximaltose férrica é indicada para adultos com anemia por deficiência de ferro e intolerância ou contraindicação aos sais orais de ferro.

A anemia é uma doença que causa a redução da concentração de hemoglobina, proteína responsável por transportar o oxigênio pelo sangue. Crianças, gestantes, lactantes, meninas adolescentes e mulheres adultas em fase de reprodução são os grupos mais afetados.

Dados

No Brasil, uma em cada três crianças entre zero e sete anos apresenta anemia ferropriva, causada pela falta de ferro. O dado inédito é de uma pesquisa coordenada pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), divulgada em novembro de 2021.

Já um estudo feito pela Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), divulgado em setembro de 2019, revelou que a prevalência de anemia entre adultos e idosos brasileiros foi de 9,9%. Os mais afetados pela prevalência de anemia e casos mais graves estão entre mulheres, idosos, pessoas de baixa escolaridade e de cor de pele preta e residentes das regiões Norte e Nordeste. A anemia normocítica e normocrômica foi o tipo mais comum (56,0%).

A prevalência de anemia na população estudada foi de 9,9%, sendo 7,2% em homens e 12,3% em mulheres.